sexta-feira, 13 de junho de 2008

Longe de mim

Mergulhei no longe de mim.
Cada vez mais longe, fui me afogando...
Perdendo minha capacidade de respirar.
Sinto-me morto enterrado numa tumba viva.
Convivendo no meio estéril da cultura.
Na comunicação da informação.
No esquecimento da consciência.
De minha boca ressoa a revolta.
De meu coração dor.
De meus olhos – Imaginações...
De minhas mãos matéria.
Da vida em sociedade a destruição
A própria destruição.
Vivo a sociedade autofagocitando valores e meios.
Vivo a tumba gerada pelos objetivos da produção.
O acúmulo de lixo em aterros.
A cultura se torna produto consumido em massa.
Onde está o sucesso da década passada?
Onde está o novo que já é velho e se repete?
O que pode ser novo nesta indústria?

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O torpor

Este torpor é quase como o ar que respiro.
Se permitir o sentimento, explodo.
Torno-me em pedaços.
Há tanta dor espalhada que não há como não percebê-la.
Esse filtrar sentimentos me cansa.