sábado, 30 de agosto de 2008

Palavras são para serem faladas, escritas, lidas, cantadas, pensadas, sentidas...

Palavras fazem passar o tempo em sonhos.

Uma história são tantas histórias.

Minha estória é o que interessa.

Aquela outra é confidência entrelaçada.

O dia chovia, na noite insônias.

E o sentido de tudo isto.

Saber não ter sentido algum.

Apenas percorrer os dias que lhe foram destinados.

Um atrás do outro.

Ontem não tem nexo com o hoje.

Apenas se eu deixar.

Não misturo arrependimentos com culpas.

E traumas com magoas.

Hoje a chuva não foi a de ontem.

sábado, 23 de agosto de 2008

Minhas opiniões são somente minhas.

Divergir delas me faz pensar.
O que pensas?

Neste lado do escrito digo.
És somente sonho ou possível leitor?
Se me lês é por acaso.


Deparaste com estas palavras.
Sorte minha ou tua?
Estás a competir comigo?
Eu não.
Considero-te apenas sonho.

Tão fácil é falar de outros que não somos nós.

Por isso me torno em terceiro...

Aquele que falarei a ti como o que não está incluído em nós.

Havia o ganhador pela competência e aquele que achava que tudo podia.

Este ele podia alguma coisa.
Aquele ele podia outras.

Assim ele e ele são iguais.

Apenas ele.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Sem pensamentos

Felizes são os que vivem sem seus pensamentos.
Felizes são os que vivem sem consciência.
Não percebem a dor do outro.

Como tirar prazer de sua consciência?

Somente sem palavras.

Pelas palavras na poesia.

Um vento ditado pelo pensamento.
Às vezes leve como brisa.
Às vezes em tempestades

Se pássaro fosse.
Não pensava em felicidade.
Apenas viveria.

Sendo humano.

Carrego o peso.

De sentir dor pelos pensamentos.

E a esperança de que é possível.

Sentir prazer por eles também.


Sentir prazer pelos olhos é só observar a vida.
Sentir dor pelos olhos é só observar a ação de homens.
Seus pensamentos, sonhos, prazeres e dores.
Suas metidas de pés pelas mãos.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Aonde começa minha virtude na representação daquilo que eu vejo?

Daquilo que escolho não há virtude alguma.
Somente sorte.
Não me preocupo pelo rio que tenho pela frente.
Somente com aquele que percorro agora.
Meu pensamento longe da língua acontece.
E há silêncio...
Há música não ouvida aos ouvidos.


Vai parceiro caminhando nos deveres e direitos.
Dentro dói.
Mas caminhas e questiona os méritos e valores.
Não encontras motivos.
Apenas caminhas como um fado.
E semeias o espírito na diversão que a palavra te concede.


Não há justiça que eu possa pensar, idealizar, desejar.
Somente há concessões de valores.
Somente a vida, o tempo.


Tens a consciência de quão escasso recurso é ela.
De quão pode ser perpetuada pelas ações.

Há idéias. Talvez?

Mas o que importa?

Tudo é sonho, cultura ou valores.

Tudo foi escrito, dito, ditado, lido, visto...

As coisas não são produzidas porque são necessárias.

São produzidas por serem possíveis.

Até os desejos são manifestados em imaginações.

Qual é o teu desejo inimaginável?

Quando responderes, já não mais o será.


Pois até a língua não passa de desejos.

Sonhas que escreves?

Mas sou eu que te conduzo na esperança do melhor que possa existir em ti,

ou sou o que te conduz pelo sofrimento que é a tua vida?

Respondes!?

Isso me diminui ou me engrandece? O que me falas?

Apenas acontece em palavras que somente acontecem nos teus ouvidos.

Sem sons, apenas lembranças, cultura e valores.

Porque teus pensamentos não te trazem sorrisos?

Porque desejos são apenas desejos e, palavras, palavras.

Substantivos.

Ações

Escolhas.

Ilusões

Sonhos.

Idéias.

Cultura.

Valores.

Prazeres?

Aonde sentes prazer meu caro?

No teu mérito?

Na ocupação do espírito no tempo?

Quando fores, fosses.

È assim.